A
ciência trata de matérias específicas, de partes da realidade, suas leis
específicas, em diálogo com as irmãs (demais ciências de um mesmo gênero, por
vezes até de gêneros diferentes), e com a filosofia, de seus princípios.
Existem opiniões diversas sobre o que pode ser caracterizado como ciência ou
não. A principal caracterização pelo senso comum, do que significa uma ciência,
é algo exato, ou muito próximo disso. Essa exatidão, é viável (na grande maioria dos casos) quando
fundamentadas por cálculos ou experiências laboratoriais.
As chamadas Ciências Humanas, como História e
Geografia, dependem de aspectos que podem aproximar-se, em boa parte das vezes,
do que chamamos de realidade, ou da efetividade em seu desenvolvimento, sendo
difícil a aproximação, em centímetros, do objeto. Há os que considerem, apesar
disso, que estas últimas, por terem formas e conteúdos definidos e um conjunto
de práticas e tradições, têm o suficiente para julgarem possuir ciência de seus
objetos. De fato, algo antecede essa discussão, pois, também há quem diga que a
exatidão absoluta é tão verdadeira quanto um equino alado, e que a simples
atuação nessas esquinas do conhecimento humano gerariam uma ciência desta
posição específica, o que parece lógico, podendo a realidade (e é o que muitas vezes acontece), modificar seu rumo, a partir do movimento para a geração uma ciência qualquer.
A
primeira difere da segunda, a Filosofia, porque a última é um discurso da
realidade sobre si, de acordo com uns, ou uma perspectiva de uma realidade
externa, segundo outros. Mas, de uma, ou outra forma, essa trata de princípios
ou fundamentos, ou ainda coisas principais e funções vitais, do que existe,
seja conosco, ou para nós. De qualquer forma, essa tem seu quintal bastante
claro, cristalizando, dissecando, juntando ou separando, tudo, a seu juízo.
A
terceira difere mais da primeira que da segunda, pois, a Religião tende a
tratar dos inícios, e dos problemas centrais, os dilemas mais importantes, da
humanidade, mas, diferente da Filosofia Laica, apresentando caminhos, com
conteúdos e formas, ligados a entes não demonstráveis fisicamente, uma
superação. Em geral há uma moralidade, na maior parte das vezes explícita,
sobre as condutas desejáveis, ou não, e reprimendas para a transigência, e
bônus para a intransigência destas.
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